Breve

January 26, 2017

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Em 2014 lancei o álbum “Subnutridos”, um conjunto de relatos de vida de personagens semi fictícias – sendo precisamente aquilo que lhes faltava o que melhor as definia. Continha algumas das primeiras músicas que escrevi distanciando-me da escrita mais auto biográfica dos trabalhos anteriores.

Com toda a honestidade que encaro a música, uma consciência voraz das minhas limitações e a certeza de que as mensagem por entre linhas eram o centro desse trabalho, tive a necessidade que a instrumentação permitisse virar o foco para as histórias, para as palavras. Sabia que o resultado seria mais cru, mas a música não tinha de ser apenas entretenimento, podias aspirar alcançar um outro espaço, ser uma outra coisa.
O lançamento foi feito de forma tímida e, por razões de carácter pessoal, estive perto de um ano e meio em hiato, sem uma tour ou concertos de apresentação do mesmo.
Tempo volvido, com novas canções a rechear os cadernos e, uma vez mais, a vontade de me reinventar parcialmente, surgiu a ideia de gravar dois novos álbuns ( “A Piada Finita” e “A Ópera de um Homem Só”) com uma aproximação diferente e já com uma formação maior a acompanhar-me.

Na metade de 2016, depois de algumas conversas com o meu produtor, chegámos à conclusão sobre quem queríamos reunir, tendo em conta não só as suas características como músicos, mas também o encontro com os objectivos claros que acarretavam as minhas divagações não tão especificas. Juntar uma banda, dar nova roupagem a alguns temas antigos e perceber mais eficazmente as dinâmicas do grupo e como funcionaria em termos de processo criativo.
Assim, entrou Bruno Pinho para a guitarra, Jörge Pandeirada para o baixo e electrónicas e Micael Lourenço para bateria e percussões. A simbiose foi boa, não só musicalmente, mas humanamente. Exige-lhes muito, em muito pouco tempo e ofereceram-me esforço e dedicação.

Como consequência e já a encarar este projecto com uma perspetiva diferente, volto agora a estúdio para trabalhar em canções novas, para gravar com os Cabaret Malícia e alguns convidados mais a editar através da Covil. “E esperançosamente, fazer música que mereça ser música”.

Fica o agradecimento, a todos os que me tem acompanhado quando estou perto e principalmente, nas minhas ausências.
Abraço-vos. Até breve.

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