hugo pereira

This Potatoe – Lonely Soul

September 3, 2014

This potatoe é um projecto encabeçado por Edward Alves e Hugo Pereira editado pela Pássaro Vago.
Realizado por Johnny Filipe, conta ainda com as participações de Luís Formiga no baixo e na harmónica e Rui Tiago (Bone Drill) nas vozes. Filmado na Associação Cultural Mercado Negro.

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Music video by This Potatoe performing Lonely Soul.
2014 Pássaro Vago

Subnutridos Album Cover

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“Subnutridos” é o álbum de estreia do cantautor Luís Formiga, é constituído por 12 temas folk à guitarra e voz, género com o qual Luís se apresenta mais confortável, acompanhado por Pedro Campos no contrabaixo e uma instrumentação que mantém o foco na voz e nas composições do autor. O álbum, gravado e produzido por Hugo Pereira e saído a 24 de Junho, é editado com o selo da Pássaro Vago e está disponível para venda no iTunes e para streaming no Spotify.

Nunca foi tão inovador como os cantores que cantavam como se estivessem num navio em chamas. Não cantava de forma desesperada, nem fazia grande estrago. Dava a impressão que a sua resistência não era levada ao limite, mas isso também não importava, cantava as suas canções serenamente como se estivesse no meio de uma tempestade. A sua voz era misteriosa e fazia-nos cair num determinado estado de espírito.

Subnutridos Promo 1

Diz-nos Luís:
“As músicas podem constituir elas mesmas uma aprendizagem, não têm sequer de ser necessariamente leves ou simples entretenimento, podem ocupar um espaço diferente, (aspirar) criar desequilibrios”.

Ao faze-lo, assume a criação musical como vontade de transcender a aquela que Adorno dizia ser a “música culinária”: a da cultura do imediato, consumível e descartável. O que vem do interior e exige ser posto em música e palavras busca agir sobre o mundo, mesmo quando essa acção se quer voluntariamente discreta e modesta.
Luís reforça-o ao longo do álbum nas identidades que inventa, como em “Don Juan Arrumador” ou a “A pistola do Ernesto”. As personagens, pela sua justeza, honestidade e abertura, tornam-se pessoa transformada em canção, figurando a bravura de uma maneira abstracta. Estas personagens anónimas às quais a generosidade dá um nome representam talvez a humanidade em geral. Luis fala-nos da necessidade de olhar para estas personagens semi ficcionais e semi perdidas, e pede-nos com humildade que não as ignoremos. Mas nada nos impõe.

São estórias de personagens mal-amadas, com imagens de um quotidiano que, antes de ser mudado precisa de ser visto com outros olhos. Deve procurar-se a poesia em primeiro lugar nas coisas pequenas para que a luz do infinito não nos ofusque os olhos desabituados. É preciso ver a poesia onde ela não é evidente, e injectá-la nos corpos que, por negação, mais a rejeitam.
A afirmação da melancolia pode ser o momento fulcral da libertação, a afirmação da fraqueza é um gesto de coragem num mundo em que é tão fácil crucificar com pregos pequeninos os desconhecidos e virar o olhar para longe de tudo o que nos amedronta. E a hesitação, uma oportunidade privilegiada para conhecer o nosso íntimo. Um dia cresceremos, tiraremos as nossas elações, e então iremos em busca de novas incertezas. Pois “homens bons fazem coisas más”, e “Chega o dia em que por amor até o sábio se comporta como tolo. “ (O Teu Deus)

Subnutridos Album Promo 2

Qual o sentido da vitória? O que é o sucesso? Poderemos aceitar as respostas comuns, impessoais, que nos chegam de todas as direcções? Ou terá que ser algo que necessariamente parte do interior para um mundo hostil, arriscando a rejeição e aceitando um resultado incerto? Criar uma canção e cantá-la para um público é, como qualquer ato de criação, interferir com um mundo à partida indiferente, provocá-lo, jogar numa trama de incertezas. E mais vale a convicção de um gesto ter significado e razão de ser do que uma chuva de aplausos quando esta não é mais do que um reflexo pavloviano.

Num quarto fechado, um animal recolhido deixa escorrer o tempo, procrastina, deixa-se assombrar por pensamentos ou pelo desejo, pela fome. Talvez medite. Tempo de partir para um quarto de motel, levar uma guitarra, muitos gatos, talvez o amor, uma mão e um peito generoso. Para trás, uma casa deixada de janelas escancaradas. O tempo circula, e os regressos são imprevisíveis. O mundo gira sempre, numa vertigem subtil que nos embala sem darmos por isso. Não interessa tanto o ponto de chegada como o caminho. É preciso amar as dores que nos causam nos pés o contínuo caminhar, plácido, cheio de sinuosidades, na incerta perseguição dos sonhos.

Pedro Lavoura

http://luisformiga.bandcamp.com/
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https://soundcloud.com/luisformiga

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Luís Formiga - Subnutridos CD

Ficha técnica:
Luís Formiga – voz, guitarra, harmónica
Pedro Campos – contrabaixo
Bruno Pinho – guitarra
Edward Alves – voz
Inês Moreira – voz, viola d’arco
Rui Veiga – guitarra
Hugo Pereira – teclados e percussões
Design e Fotografia por Joana Mendes
Gravado no __COM__ e no Covíl Estúdios
Misturado no Covíl Estúdios
Produzido e Masterizado por Hugo Pereira

Video captado durante as sessões de gravação do novo álbum.
A fotografia é do Luis Alla.
Label: Pássaro Vago

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Album Presentation
Dois Depois Ep
(100 copies)

Songs:
Litost
Quarto 203
Dois Depois
Magnólias
Mosquito com Ombros
O Cume

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Post image for Release of Dois Depois Ep

Release of Dois Depois Ep

November 6, 2012

Album Presentation
Dois Depois Ep
(100 copies)

Songs:
Litost
Quarto 203
Dois Depois
Magnólias
Mosquito com Ombros
O Cume

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Untitled

As contrições de um comum mortal
por Manuel A. Fernandes.

“Anybody can be specific and obvious. That’s always been the easy way. It’s not that it’s so difficult to be unspecific and less obvious; it’s just that there’s nothing, absolutely nothing, to be specific and obvious about.” Quando Robert Zimmerman proferiu estas palavras à estação da rádio canadiana CBC, numa entrevista de1966, pouco ciente estaria do legado que deixou e da bandeira, irrevogavelmente rejeitada, que representou para uma geração. Vamos colocar as coisas nestes termos, Bob Dylan num mundo justo seria uma cadeira semestral de um qualquer curso de composição musical ou escrita criativa. E desde logo, a referência central sobre escrever o tudo e o nada com reinterpretações constantes da vida que é a estrada entre esses dois pólos. Por muito que se tente separar esta longa caminhada versada pelo cancioneiro de Townes Van Zandt, Woody Guthrie, Donovan e o casal Fariña, os trilhos partem de uma pedra rolante e vão desaguar a outras culturas, ambientes distintos, novos dogmas musicais. Luís Formiga é essa identidade artística que vai recolhendo várias fases e impressões da escola folk anglo-saxónica com o bossa nova do Chico e do Vinicius, dos trovadores malditos como Leonard Cohen e da chanson francaise de Gainsbourg e Brassens, inculcando um novo espírito, uma marca distintiva e sui generis na forma como encara as suas próprias histórias.
Estes dois Ep’s (Dois Depois/Luís Formiga) são duas fracções de uma saga que se vai socorrendo da palavra e do condutor verbal intuitivo das viagens de Luís. Editados com um intervalo de diferença de um ano, estes dois diários de bordo reflectem claramente a procura de um artista em convulsão criativa e no meio de um turbilhão de interessantes ideias por arrumar. Uma sensibilidade e timidez latentes que se alicerçam num acústico de fundo, uma harmónica e um contrabaixo suave e corpulento, para num acto confessional debitar frustrações, mundividências e esperanças pessoais naquele “quarto 203”. Músicas de quem vive em dias de chuva e uma auto-estima que nunca encontrou bom reflexo nos espelhos. Face intimista quase auto-biográfica, com elementos universais da nostalgia e fragilidade humana como versam as linhas de “Agora Sapato”. “Caminhar é um exercício de Deus, correr, tropeçar com dignidade. Há quem confunda informação com verdade, há até quem pense que saúde é felicidade”, na melhor faixa composta por este jovem músico, revela-nos uma astuta e sapiente leitura de um quotidiano ocidental, arrumadinho e escalado por objectivos, numa poesia de trote fácil e que quase se confunde com um grito de revolta rebelde e incompreendido. A faixa inaugural de “Dois Depois”, marca uma evolução estética, assim que a guitarra dedilhada de “Litost” acompanha a angústia e a penitência de um romance falhado e de promessas vãs por um passado de chagas, a braços com a pesada herança do arrependimento.
Não esperem entretenimento, risadas vazias e letras em vácuo. Aquele que se descreve como “caçador de cerejas e tempestades” há-de continuar a trocar os v’s pelos b’s e a levar a sua música com gente dentro, na catarse do tempo. Expurgando os seus demónios numa terapia diáfana, para nos relembrar que mesmo no recanto mais negro da nossa alma se pode vislumbrar a beleza que reside entre notas e palavras.

Para Ouvir:
luisformiga.bancamp.com
facebook.com/luisformigamusic

Texto por:
Manuel A. Fernandes (jornalista)
manuel.a.fernandes@rockrolaembarcelos.com
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Untitled

Songs:
Litost
Quarto203
Dois Depois
Magnólias
Mosquito com Ombros
O Cume

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Press release, text by Manuel A. Fernandes:
http://luisformiga.com/music/press-release-dois-depois-luis-formiga/

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Quarto 203 | Dois Depois EP

August 14, 2012

Untitled


(available for download/disponível para download)

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Quarto 203 lyrics
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