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Festival MEIA 2018

November 18, 2018

MEIA 2018
Design e Produção do Festival de Música Experimental e Improvisada em Aveiro

MEIA 2018 banner

O Improviso e o Experimentalismo estão de volta à cidade de Aveiro entre os dias 22 e 25 de novembro.
Nesta quinta edição, o festival da música mais desafiante, espalha-se pelos quatro palcos mais activos da cidade de Aveiro.

No dia 22 o mini-auditório da VIC, recebe Fantasma, alter ego do portuense Pedro Centeno, artista visual, músico, dj e curador de eventos de música independente como as festas da Parva. Na mesma noite o clarinetista inglês Noel Taylor, activo improvisador da cena londrina, membro da London Improvisers Orchestra e recentemente radicado em Lisboa convida Maria do Mar (violino) para um concerto guiado pela exploração da música clássica à contemporânea através da improvisação.
Na sexta feira, 23, o festival segue para o auditório do GrETUA para uma sessão de Desterronics. A habitual sessão de quarta feira de música electrónica improvisada da cave do Desterro em Lisboa, move-se até Aveiro para 3 horas de música non-stop em que o Finlandês, Jari Marjamaki, conduz uma dezena de músicos experimentalistas, munidos de equipamentos electrónicos.
A grande festa está reservada para sábado, 24, na Associação Cultural Mercado Negro, com a presença do tailandês Pisitakun, artista multidisciplinar fortemente empenhado no activismo politico através das suas criações artísticas. Na mesma noite tocarão os Baphomet, quinteto que usa o improviso como elo de ligação do free-jazz ao rock progressivo ou psicadélico com a electrónica à mistura. Mais tarde Hugo Branco (Piurso) e Rui Veiga (Caloriouz) juntam-se aos visuais de Ivo Reis (Animatek) numa performance improvisada de electrónica. Para fechar a noite, o produtor João Melo conhecido pelo seu trabalho em Mind Safari, apresenta o seu mais recente projecto Joan, lançado pela editora Fungo e que tem como maiores influências as bandas sonoras nipónicas.
O recentemente inaugurado Avenida Café-Concerto, recebe o ultimo dia de concertos com, Khaori, projecto de Henrique Vilão e Tiago Damas e Ensembleia, uma ensemble que tem como base a criação de sonoridades experimentais e/ou improvisadas em tempo real.
Nos dias 24 e 25, haverá ainda lugar a um workshop dedicado à criação de esculturas sonoras realizado pelos israelitas Roi Carmeli e Tom Krasny. O workshop decorrerá nas instalações da VIC – Aveiro Arts House.

MEIA 2018

Programa:
Dia 22
Local: VIC // Aveiro Arts House
22h00 – Pedro Centeno aka Fantasma (live) (pt)
23h00 – Noel Taylor/Maria do Mar (uk/pt)
Noel Taylor – Clarinetes
Maria do Mar – Violino

Dia 23
Local: GrETUA
22h-01h – Desterronics (live) (pt)

Dia 24
Local: Associação Cultural Mercado Negro
22h00 – Pisitakun (th)
23h00 – Baphomet (pt)
Guilherme Camelo – Guitarra Elétrica
Paulo Duarte – Guitarra Elétrica
Mestre André – Saxofone
ChicoGoBlues – Percussões
Pedro Santo – Bateria
00h00 – Piurso + Caloriouz + Animatek (live) (pt)
01h00 – Joan (live) (pt)

Dia 25
Local: Avenida Café-Concerto
Khaori (pt) – 18h30
Ensembleia (pt) – 19h30

Workshops:

“Estratégia Musical”
por Bitocas Fernandes
23 de novembro 18h30 e 24 novembro das 11h00 às 12h30

“Introduction to Sound Sculptures”
por Roi Carmeli e Tom Krasny (il)
24 e 25 novembro 14h30 – 19h30

Subnutridos Album Cover

iTunes StoreYou can check it out at:
www.facebook.com/luisformigamusic
And listen/buy at:
iTunes
Bandcamp
Spotify

“Subnutridos” é o álbum de estreia do cantautor Luís Formiga, é constituído por 12 temas folk à guitarra e voz, género com o qual Luís se apresenta mais confortável, acompanhado por Pedro Campos no contrabaixo e uma instrumentação que mantém o foco na voz e nas composições do autor. O álbum, gravado e produzido por Hugo Pereira e saído a 24 de Junho, é editado com o selo da Pássaro Vago e está disponível para venda no iTunes e para streaming no Spotify.

Nunca foi tão inovador como os cantores que cantavam como se estivessem num navio em chamas. Não cantava de forma desesperada, nem fazia grande estrago. Dava a impressão que a sua resistência não era levada ao limite, mas isso também não importava, cantava as suas canções serenamente como se estivesse no meio de uma tempestade. A sua voz era misteriosa e fazia-nos cair num determinado estado de espírito.

Subnutridos Promo 1

Diz-nos Luís:
“As músicas podem constituir elas mesmas uma aprendizagem, não têm sequer de ser necessariamente leves ou simples entretenimento, podem ocupar um espaço diferente, (aspirar) criar desequilibrios”.

Ao faze-lo, assume a criação musical como vontade de transcender a aquela que Adorno dizia ser a “música culinária”: a da cultura do imediato, consumível e descartável. O que vem do interior e exige ser posto em música e palavras busca agir sobre o mundo, mesmo quando essa acção se quer voluntariamente discreta e modesta.
Luís reforça-o ao longo do álbum nas identidades que inventa, como em “Don Juan Arrumador” ou a “A pistola do Ernesto”. As personagens, pela sua justeza, honestidade e abertura, tornam-se pessoa transformada em canção, figurando a bravura de uma maneira abstracta. Estas personagens anónimas às quais a generosidade dá um nome representam talvez a humanidade em geral. Luis fala-nos da necessidade de olhar para estas personagens semi ficcionais e semi perdidas, e pede-nos com humildade que não as ignoremos. Mas nada nos impõe.

São estórias de personagens mal-amadas, com imagens de um quotidiano que, antes de ser mudado precisa de ser visto com outros olhos. Deve procurar-se a poesia em primeiro lugar nas coisas pequenas para que a luz do infinito não nos ofusque os olhos desabituados. É preciso ver a poesia onde ela não é evidente, e injectá-la nos corpos que, por negação, mais a rejeitam.
A afirmação da melancolia pode ser o momento fulcral da libertação, a afirmação da fraqueza é um gesto de coragem num mundo em que é tão fácil crucificar com pregos pequeninos os desconhecidos e virar o olhar para longe de tudo o que nos amedronta. E a hesitação, uma oportunidade privilegiada para conhecer o nosso íntimo. Um dia cresceremos, tiraremos as nossas elações, e então iremos em busca de novas incertezas. Pois “homens bons fazem coisas más”, e “Chega o dia em que por amor até o sábio se comporta como tolo. “ (O Teu Deus)

Subnutridos Album Promo 2

Qual o sentido da vitória? O que é o sucesso? Poderemos aceitar as respostas comuns, impessoais, que nos chegam de todas as direcções? Ou terá que ser algo que necessariamente parte do interior para um mundo hostil, arriscando a rejeição e aceitando um resultado incerto? Criar uma canção e cantá-la para um público é, como qualquer ato de criação, interferir com um mundo à partida indiferente, provocá-lo, jogar numa trama de incertezas. E mais vale a convicção de um gesto ter significado e razão de ser do que uma chuva de aplausos quando esta não é mais do que um reflexo pavloviano.

Num quarto fechado, um animal recolhido deixa escorrer o tempo, procrastina, deixa-se assombrar por pensamentos ou pelo desejo, pela fome. Talvez medite. Tempo de partir para um quarto de motel, levar uma guitarra, muitos gatos, talvez o amor, uma mão e um peito generoso. Para trás, uma casa deixada de janelas escancaradas. O tempo circula, e os regressos são imprevisíveis. O mundo gira sempre, numa vertigem subtil que nos embala sem darmos por isso. Não interessa tanto o ponto de chegada como o caminho. É preciso amar as dores que nos causam nos pés o contínuo caminhar, plácido, cheio de sinuosidades, na incerta perseguição dos sonhos.

Pedro Lavoura

http://luisformiga.bandcamp.com/
https://www.facebook.com/luisformigamusic
https://soundcloud.com/luisformiga

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Luís Formiga - Subnutridos CD

Ficha técnica:
Luís Formiga – voz, guitarra, harmónica
Pedro Campos – contrabaixo
Bruno Pinho – guitarra
Edward Alves – voz
Inês Moreira – voz, viola d’arco
Rui Veiga – guitarra
Hugo Pereira – teclados e percussões
Design e Fotografia por Joana Mendes
Gravado no __COM__ e no Covíl Estúdios
Misturado no Covíl Estúdios
Produzido e Masterizado por Hugo Pereira

Foco

A osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico importante na sobrevivência das células. A água movimenta-se sempre de um meio hipotônico (menos concentrado em soluto) para um meio hipertônico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de se atingir a mesma concentração em ambos os meios (isotônicos).

Conceito de cidade – Osmose Urbana – O objectivo é o equilíbrio urbano/reequilíbrio da malha urbana, através da intervenção específica na área definida de trabalho, propor espaços, usos e novos pontos de interesse, requalificando e dinamizando posteriormente, esta intervenção, toda a área envolvente num sentido evolutivo relativo à qualidade de vida e tudo o que lhe é inerente.

Existem vários autores como Aldo Rossi que procuravam uma relação entre a arquitectura e a cidade, trabalhando a arquitectura, que tinha sempre uma dimensão urbana, para se relacionar com a cidade e o espaço urbano.
Utilizando noções de escala não como uma medida, mas uma relação entre unidades dimensionais e temporais trabalhei a escala urbana relacionando os edifícios propostos com os edifícios da cidade.
Com a noção de que a escala urbana trabalha muito mais o urbano e muito pouco o homem. Essa descompensação foi tratada com uma noção específica em relação ao lugar, ao habitar no mesmo uma consciência do humano e principalmente no acto de existir num lugar, este controlo de escala ajuda na organização de espaços.

A cidade entra no próprio “edifício” criando assim ruas, espaços de encontro e estar. Estrutura-se numa rua viária que serve como espinha dorsal e a partir dessa mesma rua aparecem ramificações que estruturam todo o espaço semi-público exterior.
A escala é desta forma trabalhada de forma a conceber o espaços sem descontrole, transformando simples objectos arquitectónicos num acumular de experiências e vivências que nos remetem para a cidade (escala urbana).
Este misto de espaço urbano e arquitectónico apesar de juntar dois conceitos aparentemente distintos possui alguma eficiência na relação e relevância porque faz-se simultaneamente arquitectura e cidade.


A opção conceptual a uma escala menor, do edifício, surge em ideias base: Agarrar, proteger, abrir, fechar… Inevitavelmente a mão surge como principio orientador na procura de formas.
Através destes princípios criar um novo momento na Avenida da Boavista.

Habitar, concretamente no lugar: A busca constante do ditar de uma forma que possa ser absorvida com pouco impacto no hábito de existir outros lugares e ser rapidamente absorvida na sua semelhança e funcionalidade. A mistura clara da tipologia habitar temporário com o definitivo, as múltiplas possibilidades, as formas dinâmicas (linguagem moderna em fusão com tipologia clássica) como amplificador de sensações (O quotidiano acontece em fenómenos concretos e compreende também fenómenos mais intangíveis como os sentimentos). A procura do espaço necessário para o homem manter o ser individual num espaço partilhado. A luz, como sinónimo de vida, as partes constituintes inundadas pela mesma, demarcado pelas grandes aberturas que caracterizam as tipologias. Poucos limites visuais próximos, o olhar sempre mais longe. Serviços complementares directos à habitação (ocupando o espaço da área de intervenção).

study model interior Centro habitacional

A tipologia habitacional com base na procura de um epicentro, este, como manifesto directo de usos (diurno, nocturno), barulhos e vivências. A tentativa para um inicio, criar proximidade entre zonas em que um maior silêncio é necessário e vice-versa, sempre com o princípio de quatro módulos que formam uma unidade, e dessa unidade a atenção ao conjunto maior formado pelas diversas. O funcionar particular e a simbiose do geral.


A escala do humano é a fase conceptual final, onde o objectivo é elevar todo o espectro de sensações do mesmo (sub entenda-se elevar como dar importância e criar/provocar).