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Press | Observador

November 22, 2016

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Concert | Teatro Aveirense

November 22, 2016

Luís Formiga e Cabaret Malícia

Nesta rua, não sei o que é verdade ou mentira.
Quinta-feira dia 10 Nov no Teatro Aveirense (sala estúdio) com os Cabaret Malícia / 21h30.

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Curadoria:
www.covil.pt

Fotografias do Evento:
http://luisformiga.com/concerts/concert-teatro-aveirense-2/

Concert | Teatro Aveirense

November 11, 2016

Luís Formiga e Cabaret Malícia
teatro Aveirense
10 de Novembro, Aveiro

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Concerto teatro Aveirense 10/11/16

Concerto teatro Aveirense 10/11/16

Concerto teatro Aveirense 10/11/16

Fotografias por Spiky Tail

Rua da estrada

November 6, 2016

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Press | Entrevista GERADOR

October 30, 2016

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http://gerador.eu/os-sentidos-da-musica-3/

“Iggy Pop – Some weird sin e Lust for life , como banda sonora do despertar. Essas músicas não me fazem acordar para existir, fazem-me levantar para viver. Embora não seja claro em que ordem é que isto se sucede! De resto, até com o blues danço. Paradoxalmente, só não sinto o mesmo com a música de dança.”
Espreite aqui a conversa da Ana Isabel Fernandes com o músico Luís Formiga, em mais um Os Sentidos da Música.

Covilmente (gravações)

August 13, 2016

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Estivemos a gravar o Covilmente no Johnny 101, espaço que me é muito querido. Fica a minha gratidão e agradecimento, e o de toda a equipa envolvida à Susana Madeira e João Nuno pelo carinho e disponibilidade.
(Hugo Pereira, Grrui Tiago e os Cabaret Malícia: Bruno Pinho, Jörge Pandeirada, Micael Lourenço)

“Penso que não somos assim tão diferentes uns dos outros. Não há ninguém que nos seja mais estranho que nós mesmos. Tudo o que fazemos/vivemos acaba por conter alguma universalidade e, dessa forma, torna-se relacionável”.

Dois anos volvidos desde a entrevista com a Ana Isabel para o DN (http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3131949), que então, antecipava o lançamento do “Subnutridos”, voltámos a conversar, eis o resultado.

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Entrevista no Delfos sobre o álbum “Subnutridos” pela Ana Isabel:
https://delfosaprofeciadasartes.wordpress.com/2015/05/21/entrevistaluis-formiga/

“Há adivinhas nas sombras, devias escutá-las também.” Canta-nos Luís Formiga em ‘O Teu Deus’, um dos 12 temas do seu primeiro Longa Duração, ‘Subnutridos’, laçado em junho do ano passado. Embora certas sombras estejam longe de histrionismo banais ou luzes florescentes, tal não significa que não encerrem mundos em si, mundos que nos passam ao lado pelo imediatismo decorrente das primeiras impressões ou pelas nossas distrações avessas. A meu ver, e escrevo apenas tendo em conta a minha própria perceção do que escutei, ‘Subnutridos’ tenta chamar a atenção para esses mundos esquecidos que a todos nós nos custa a ver , anteriores à nossa imagem e que, afinal, transportam com peso uma grande parte da nossa condição humana. Curioso que seja isso mesmo que nos permita escutar algo que nos soa completamente visceral e íntimo para nos transportar para outras histórias com pessoas dentro, como que a relembrar-nos que somos feitos da mesma pele, do mesmo sangue e dos mesmos ossos. A subtileza e acalmia da música coexiste com o peso inerente das letras que focam fraquezas, fragilidades, sobretudo as fragilidades daquilo que procuramos e nos falta. Qual a força da nossa fraqueza refletida no espelho? Qual o peso da fraqueza de não se ‘ saber desistir das flores’? Para além de ‘Subnutridos’, Luís Formiga já nos havia presenteado em 2011 e 2012, respetivamente, com os Ep´s ‘Luís Formiga’ e ‘Dois Depois’. Tem novos projetos na manga, um novo álbum e uma peça que engloba texto, música e ilustração, ‘A Ópera de um homem só’. Há dias concedeu-me uma entrevista por e-mail e, sem mais demoras vãs, vejam o resultado que vale a pena. “Vou tentando não falar muito alto e talvez seja mais difícil chegar a um maior número de pessoas dessa forma, mas esforço-me por fazer sempre a coisa pela coisa, e ficar de braços abertos para o que acontecer. Aí, talvez, se alguém passar por perto e me ouvir, fique um pouco”, contou-me.

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Subnutridos Album Cover

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Bandcamp
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“Subnutridos” é o álbum de estreia do cantautor Luís Formiga, é constituído por 12 temas folk à guitarra e voz, género com o qual Luís se apresenta mais confortável, acompanhado por Pedro Campos no contrabaixo e uma instrumentação que mantém o foco na voz e nas composições do autor. O álbum, gravado e produzido por Hugo Pereira e saído a 24 de Junho, é editado com o selo da Pássaro Vago e está disponível para venda no iTunes e para streaming no Spotify.

Nunca foi tão inovador como os cantores que cantavam como se estivessem num navio em chamas. Não cantava de forma desesperada, nem fazia grande estrago. Dava a impressão que a sua resistência não era levada ao limite, mas isso também não importava, cantava as suas canções serenamente como se estivesse no meio de uma tempestade. A sua voz era misteriosa e fazia-nos cair num determinado estado de espírito.

Subnutridos Promo 1

Diz-nos Luís:
“As músicas podem constituir elas mesmas uma aprendizagem, não têm sequer de ser necessariamente leves ou simples entretenimento, podem ocupar um espaço diferente, (aspirar) criar desequilibrios”.

Ao faze-lo, assume a criação musical como vontade de transcender a aquela que Adorno dizia ser a “música culinária”: a da cultura do imediato, consumível e descartável. O que vem do interior e exige ser posto em música e palavras busca agir sobre o mundo, mesmo quando essa acção se quer voluntariamente discreta e modesta.
Luís reforça-o ao longo do álbum nas identidades que inventa, como em “Don Juan Arrumador” ou a “A pistola do Ernesto”. As personagens, pela sua justeza, honestidade e abertura, tornam-se pessoa transformada em canção, figurando a bravura de uma maneira abstracta. Estas personagens anónimas às quais a generosidade dá um nome representam talvez a humanidade em geral. Luis fala-nos da necessidade de olhar para estas personagens semi ficcionais e semi perdidas, e pede-nos com humildade que não as ignoremos. Mas nada nos impõe.

São estórias de personagens mal-amadas, com imagens de um quotidiano que, antes de ser mudado precisa de ser visto com outros olhos. Deve procurar-se a poesia em primeiro lugar nas coisas pequenas para que a luz do infinito não nos ofusque os olhos desabituados. É preciso ver a poesia onde ela não é evidente, e injectá-la nos corpos que, por negação, mais a rejeitam.
A afirmação da melancolia pode ser o momento fulcral da libertação, a afirmação da fraqueza é um gesto de coragem num mundo em que é tão fácil crucificar com pregos pequeninos os desconhecidos e virar o olhar para longe de tudo o que nos amedronta. E a hesitação, uma oportunidade privilegiada para conhecer o nosso íntimo. Um dia cresceremos, tiraremos as nossas elações, e então iremos em busca de novas incertezas. Pois “homens bons fazem coisas más”, e “Chega o dia em que por amor até o sábio se comporta como tolo. “ (O Teu Deus)

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Qual o sentido da vitória? O que é o sucesso? Poderemos aceitar as respostas comuns, impessoais, que nos chegam de todas as direcções? Ou terá que ser algo que necessariamente parte do interior para um mundo hostil, arriscando a rejeição e aceitando um resultado incerto? Criar uma canção e cantá-la para um público é, como qualquer ato de criação, interferir com um mundo à partida indiferente, provocá-lo, jogar numa trama de incertezas. E mais vale a convicção de um gesto ter significado e razão de ser do que uma chuva de aplausos quando esta não é mais do que um reflexo pavloviano.

Num quarto fechado, um animal recolhido deixa escorrer o tempo, procrastina, deixa-se assombrar por pensamentos ou pelo desejo, pela fome. Talvez medite. Tempo de partir para um quarto de motel, levar uma guitarra, muitos gatos, talvez o amor, uma mão e um peito generoso. Para trás, uma casa deixada de janelas escancaradas. O tempo circula, e os regressos são imprevisíveis. O mundo gira sempre, numa vertigem subtil que nos embala sem darmos por isso. Não interessa tanto o ponto de chegada como o caminho. É preciso amar as dores que nos causam nos pés o contínuo caminhar, plácido, cheio de sinuosidades, na incerta perseguição dos sonhos.

Pedro Lavoura

http://luisformiga.bandcamp.com/
https://www.facebook.com/luisformigamusic
https://soundcloud.com/luisformiga

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Luís Formiga - Subnutridos CD

Ficha técnica:
Luís Formiga – voz, guitarra, harmónica
Pedro Campos – contrabaixo
Bruno Pinho – guitarra
Edward Alves – voz
Inês Moreira – voz, viola d’arco
Rui Veiga – guitarra
Hugo Pereira – teclados e percussões
Design e Fotografia por Joana Mendes
Gravado no __COM__ e no Covíl Estúdios
Misturado no Covíl Estúdios
Produzido e Masterizado por Hugo Pereira